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2 de junho de 2012

O SIMELP volta ao Brasil em 2013.



O SIMELP (Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa) realizará sua quarta edição, voltando ao Brasil, depois de passar por Portugal e China. A primeira instituição a sediar o evento foi a USP, depois passou pela Universidade de Évora e pela Universidade de Macau. Agora, sua próxima edição será sediada pela UFG (Universidade Federal de Goiás).

A UFG, que já sediou grandes eventos como o ENEL (Encontro Nacional dos Estudantes de Letras) e a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), é uma das universidades brasileiras que anda se destacando no meio educacional. O tema proposta para o evento é: “Português: vencendo fronteiras e unindo culturas”.
Centro de Eventos - UFG

Só para lembrar aos leitores, o evento reúne estudiosos da Língua, Literatura e Cultura dos países de língua portuguesa e suas tangentes em todo o mundo. Entre os países que utilizam o Português como língua oficial, temos, além de Brasil e Portugal: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. É importante lembrar que todos esses integram a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

Goiânia - Goiás - Brasil

1 de junho de 2012

O Perfume dos Homens



Leitor, bem vindo à primeira postagem da coluna Lanternário. Vamos, na medida do possível, mostrar frestas de luz que tangem a Literatura e o Cinema. Não pense que essa será sempre uma zona de conforto, talvez o texto de acomode para que deixe o vírus da inquietação. Comecemos com um pequeno poema:

Sinta o perfume das quimeras!
Das flores e dos verdes campos.
Sinta-se...

Sinta o prfume da sociedade!
Das putas e do gozo hostil.
Sinta-se...

Sinta-se...
Pois és plebeu e rei.
Reinando a pobreza do ser.

            Esqueçamos por uns segundos o poema (se assim preferir) e saltemos para a obra proposta. No final do século XX uma obra inquietante chegou ao público leitor: O Perfume, a história de um assassino. Apesar de o título ser bem direto, não podemos afirmar que o livro não nos conta a história de um mero assassino e seus crimes. Jean-Baptiste Grenouille é o protagonista de nosso livro, um jovem criado em orfanatos, que nunca conheceu o amor e procura a essência humana. Essa essência só conheceu através de um cheiro surpreendente, exalado por uma jovem.
            Grenouille, um ser estranho aos olhos da sociedade, tem um olfato aguçado, o que gera interesse de alguns, ainda que a figura fosse totalmente desinteressante. A busca por essa essência se dará através de diversos crimes que comete, onde pretende “extorquir” o aroma de determinadas mulheres. A história se passa na França do século XVIII, nosso personagem nasce nesse contexto, em meio a uma barraca de peixes... nasceria quase morto, se não fosse tão insurgente, desde seu nascimento. Vencendo a morte, condena sua mãe e condena sua vida também.

            A obra de Patrick Süskind, um alemão, é um marco diferencial para a literatura de massa, que não apenas questiona posições sociais, como busca identificar o de mais interessante no ser humano: sua essência. Mas será que a essência humana pode ser capturada e guardada? Süskind, sabendo ou não, escreveu um dos best-sellers de maior repercussão da época, saindo do anonimato para a estante dos mais vendidos.
            Esse foi um dos fatores que levou a obra a chegar ao cinema, mais de 10 anos depois, pois Süskind, segundo informes, não queria que sua obra se deglutisse desmerecidamente, participando, portanto, da construção do filme em alguns pontos. Proponho ao leitor, então, que retome a leitura do poema, logo após a leitura do livro e do filme. Qual é a essência humana? E a essência da arte?


31 de maio de 2012

Literatura de Margem: dos excluídos aos esquecidos



O que é ser marginal? 

          Durante os últimos tempos temos ouvido muito falar em termos como “marginal” e “marginalidade” e esses mesmos termos, veem sendo aos poucos agregados dia após dia ao nosso universo cultural e acadêmico. Esses seres “marginais” possuem esse nome exatamente por estarem “as margens” da nossa sociedade, por serem “os excluídos”, por serem os considerados de menos valor e importância, assim sendo também chamados de “minorias”.  
  
Mais quem são esses marginais? 
             Esses seres que foram postos as margens da sociedade são os negros, os índios, as mulheres, os homossexuais, os imigrantes, os exilados e os esquecidos ou deixados de lado. Todos esses que um dia foram ignorados, silenciados e que na maioria das vezes foram alvo de chacota e preconceito. 

O que é literatura marginal?

            Esse novo tipo de literatura que vem tomando força na pós-modernidade e que é uma resposta a tantos esforços que foram feitos para incluir a “voz dos excluídos” nos currículos dos cursos de letras e literatura que durante muito tempo apenas priorizaram as literaturas tidas até então como “canônicas” que valorizavam o sujeito europeu, branco, homem e heterossexual.  Deixando dessa forma todos os outros grupos e etnias a parte de serem algo desejável e praticável de ser um objeto de estudo.
 

        E é exatamente sobre esse novo tipo de literatura que irei falar mais em meus próximos postes e espero que vocês possam continuar comigo nessa viagem ao mundo marginal, pois ser diferente é totalmente normal. 




30 de maio de 2012

Teoria do Óbito: Notas de Reflexão





Portanto, só os ciclos eram eternos.”
Geração da Utopia / Pepetela



       Serão muitos que, ao tomar tino do cadáver teorizado, em caras retorcidas de enxovalho, darão de ombros sem nada fazerem ou deixar-se fazer. Não doí, leitor amigo, não fere teu gosto essa crua introdução das coisas e, chegada a seu fim, se for o defunto o que se espera, velamos a ruína na certeza do por vir, se não, “abutremos” no que se persiste até a certidão de outro melhor legista.
       Leyla Perrone-Moisés, em O Longo Adeus da Literatura, sentencia o mal feito contra à aceitação da maioria: “A literatura acabou”. Por falta de coveiro que lhe prepare a vala e empurre, o corpo à vista se mantem. O Leitor-especializado (crítico), tombando aos poucos para o mesmo fim, carrega consigo parte desse mal “com a reconhecida superioridade que os cães vivos”, diria Sartre, “têm sobre os leões mortos”. Tzvetan Todorov, na sua obra A Literatura em Perigo, anuncia o desaparecimento do leitor por esquecimento e falta de estimulo dentro do didatismo excessivo e deformatório que, subtraindo os agradáveis elementos do processo, levariam a literatura à agonia e, posteriormente, à sua morte. Constata-se, portanto, que a causa ronda entre o natural e o homicídio, se houve mesmo o óbito.
       Afinal, Literatura para que? - fala-se daquela “moderna” - Antoine Compagnon nos responderia que “ela sofre concorrência em todos os seus usos e não detém o monopólio sobre nada, mas a humildade lhe convém e seus poderes continuam imensos; ela pode, portanto, ser abraçada sem hesitações e seu lugar na Cidade está assegurado. O exercício jamais fechado da leitura continua o lugar por excelência do aprendizado de si e do outro, descoberta não de uma personalidade fixa, mas de uma identidade obstinadamente em devenir”. Sartre, por sua vez, concluiria que “o mundo pode muito bem passar sem a literatura".
    A enfermidade está, talvez, atada à nomenclatura “Pós-Moderno”. Nota-se no Barroco uma disformidade quanto ao Clássico e no Arcadismo, por conseguinte, uma retomada. No Romantismo há uma ruptura para com os padrões neo-clássicos e hoje, o que temos, não se atem a um posicionamento declarado com relação que antes havia. “Boa parte da literatura atual vive da referência àquela que a precedeu”, diz Perrone-Moisés tocando no ponto anunciado. Estando o rei doutrora falecido, prolongam-se os súditos no anuncio da nova majestade, por medo, conformismo ou coisa qualquer que os vitima. Prendem-se ao passado em proposta e libertam-se temendo declarar sua liberdade. É preciso, em primeiro lugar, admitir o fim e reconhecer o cadáver para então seguir em frente. Devemos descanso à literatura Pós(tuma)-moderna, a “literatura do adeus”, frente às inegáveis evidencias de, entre nós, há muito correr os sintomas da novidade e da libertação não declarada.
      Fato é, bem veja Leitor, que deve-se dar nome às coisas, não sendo elas o que antes foram, em simples logica flagelada é que se conclui, são, evidentemente, outras e merecem mais que a extensão do passado firmada na voz da maioria de seus críticos. 
     Sendo Cadáver, ambulante carcaça ou coisa outra que melhor apeteça, fica esta nota como meio de reflexão sobre o óbito e/ou promessa de futuros questionamentos.






29 de maio de 2012

Texto e Contexto em torno da “Lira dos Vinte Anos”, de Álvares de Azevedo




              Considerado o maior representante da Segunda Geração do Romantismo brasileiro, Álvares de Azevedo faleceu antes mesmo de completar vinte e um anos, fato que ajudou a criar o Mito em torno de seu nome, pois ele cumpriu – talvez sem querer – o trágico e caro caminho do herói romântico. A morte precoce do jovem poeta que se autodenominava fruto de uma geração perdida somada aos seus textos ultrarromânticos foram o suficiente para se criar em torno de seu nome a imagem mítica de um verdadeiro byroniano, em que o pessimismo se cumpriu, e o escapismo dera lugar a morte real, o mal do século não estava presente somente em seus textos, mas na própria vida – morte – de Álvares de Azevedo.

            Na sua trajetória, “lenda, biografia e poesia estão de tal forma associadas” (NETO, 2000) que parece que só é possível entender parte sua obra investigando sua curta vida. Vitimado por uma tuberculose e por um tumor causado por uma queda de cavalo, Álvares de Azevedo deixou um legado de possibilidades em torno de sua morte. O que nos resta, é tentar entender sua obra, em que maior parte foi publicada postumamente.


             Em vida, publicou alguns poemas, artigos e discursos. Mas foi só depois de sua morte que surgiram as poesias e outros escritos, alguns dos quais publicados antes em separado. A obra completa como as conhecemos hoje, compreendem vários textos, sendo Lira dos vinte anos, Macário, “tentativa dramática” e A noite na taverna, contos fantásticos os mais conhecidos.

            Preparada para integrar As três liras, projeto de livro conjunto de Álvares de Azevedo, Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, a Lira dos vinte anos é a única obra cuja edição foi preparada pelo próprio poeta, porém, ele veio a falecer antes da publicação. Vários poemas foram acrescentados depois da primeira edição (póstuma), à medida que iam sendo descobertos, o que talvez tenha alterado o projeto inicial do jovem poeta.

            O título da principal obra de Álvares de Azevedo já sugere uma característica partilhada com outros poetas de sua geração: a juventude e a imaturidade do autor. Ele mesmo afirma no prefácio: “São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor.”

         Dividido em três partes, o livro aborda desde a tendência mais típica do ultrarromantismo, como o sentimentalismo exacerbado e o pessimismo a uma visão mais crítica sobre o mundo e a posição do poeta, lembrando de certa forma as temáticas propostas por Baudelaire.

             A primeira e a terceira parte apresentam uma poesia mais idealizante, com excesso do subjetivismo e do emocionalismo tradicional da Segunda Geração romântica. O próprio autor diz em seu prefácio a segunda parte que os poemas de sua primeira (e terceira parte) são feitos aos olhos de Ariel, em que o poeta vê o mundo de uma forma visionária e platônica.

            Na segunda parte, ele diz que o poeta “acorda na terra”, deixando, portanto o mundo dos sonhos, encarando a realidade com um realismo irônico e um cinismo byroniano. O próprio Álvares de Azevedo faz criticas ao ultrarromantismo e ao escapismo dos poetas de sua geração. A ironia está presente até mesmo no prefácio, em que ele recomenda ao leitor que não leia seus versos. Assim, nessa segunda parte o poeta busca na ironia, nas coisas do cotidiano e na literatura algo que possa substituir a profunda dor de viver e a falta da realização do amor.

Referências
MAJOR NETO, J. E. . Apresentação e notas. In: Álvares de Azevedo. (Org.). Lira dos vinte anos e Poesia Diversa. São Paulo: Ateliê, 2000. 


28 de maio de 2012

O Corpo Dos Anjos: CArne DAta VERmem



Nesta sombria análise das cousas,
Corro. Arranco os cadáveres das lousas
E as suas partes podres examino...

Poema Negro

Na anatomia horrenda dos detalhes!

As cismas do Destino





    Ermado Leitor, breve lhe corra estas linhas fatigadas, que seja leve a pesada estrutura e não desgaste o teu ânimo curioso. O melhor, em curto espaço, é generalizar. Não sendo um “historiador” quem vos escreve e contando com pouca extensão economizo a tecla. No entanto, o leitor há de convir, nascem os grandes pensamentos como as estalactites de uma gruta, de lento a lento, ruminados pelo passar dos anos nas variadas cabeças que se permitiram contaminar, e não vêm, do contrário, em uma explosão única de pura e simples criatividade “incorruptível”.
   O ideário que permeia a obra em questão perpassou o século que a anteviu. Com a edificação do Positivismo Comteano (Ver: Lei dos Três Estados) na primeira metade do século XIX e a publicação de A Origem das Espécies, de Charles Darwin, em 1857, o embate entre o pensamento cientifico e religioso firmou-se ainda mais antagônico. Herbert Spencer, em O Indivíduo Contra o Estado (1884), aplica a teoria da seleção natural sobre princípios sociológicos, este processo, posteriormente chamado de darwinismo social, serviria como subsidio para variadas formas de pré-conceito.
    Em 20 de Abril de 1884, nasce no Engenho Pau D'Arco, Vila do Espirito Santo, Paraíba, aquele a quem o Deus-Verme daria encanto. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, vulgo Augusto dos Anjos, formou-se em Direito por Recife (1907), retornando a sua cidade natal onde dedicou-se ao ensino. Casou-se e mudou-se para o Rio de Janeiro ao fim da primeira década do novo século. Publica, a expensas do irmão e dois anos após casar-se, seu livro, Eu, recebido em flagelos pela crítica. Transfere-se para Leopoldina, Minas Gerais, em 1914, como diretor do Grupo Escolar, contrai pneumonia e falece a 12 de novembro do mesmo ano.
    A dicotomia que tomou forma declarada durante o século XIX, correspondente ao embate Espirito e Matéria, atravessa a obra do autor, não só no Eu, como também nos outros 39 poemas que compuseram o Outras Poesias e os 67 organizados em tomo sobre o nome de Poemas Esquecidos.
    Leitor, meu caro e distante Leitor, não me cabe mais do oferecido, lugar quase não tenho para estreitar os caracteres tantos que desejam estar entre estes, mas sigamos com a amostra. Deixo-lhes depois uma indicação qualquer para consumar o dito.



VÍTIMA DO DUALISMO

Ser miserável dentre os miseráveis
- Carrego em minhas células sombrias
Antagonismos irreconciliáveis
E as mais opostas idiosincrasias!

Muito mais cedo do que o imagináveis
Eis-vos, minha alma, enfim, dada às bravias
Cóleras dos dualismos implacáveis
E à gula negra das antinomias!

Psique biforme, O Céu e o Inferno absorvo...
Criação a um tempo escura e cor-de-rosa,
Feita dos mais variáveis elementos,

Ceva-se em minha carne, como um corvo,
A simultaneidade ultramonstruosa
De todos os contrastes famulentos!



    Fica a análise pela conta de quem lê e a falta dela pela culpa, ou redenção, de quem escreve. Acredito, pois assim bem vejo, que estampou-se em Vitima do Dualismo, formidavelmente, as colocações expressas no correr do escrito e concluo, ermado meu Leitor, que reside entre estes polos e vermes e sombras o que de melhor se produziu em nossa literatura.



Como curiosidade e forma de mais nutrir:
(http://www.biblio.com.br/conteudo/AugustodosAnjos/augustodosanjosobras.htm)


* Há de se dizer qualquer coisa sobre o título. “O corpo” representa a matéria e “os anjos”, além de jogar com o sobrenome do autor, simboliza o divino, o espírito. Ao corpo cabe, também, o papel de representar a complexidade estrutural e multi-significativa da obra em questão. A expressão latina Carne Data Vermem originou o vocábulo “Cadáver” em português e traduz-se por CArne DAda aos VERmes.




27 de maio de 2012

Narrativa e Música






Há muitas formas de pensar a relação entre literatura e música. Uma delas diz respeito a aproximação com a narrativa. E um exemplo disso pode ser percebido no romance Perto do coração selvagem (1944), de Clarice Lispector, que começa assim:

A MÁQUINA DO PAPAI batia tic-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se ZZZZZZ. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-de-rosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes.
[...]
Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar [...] Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados. (PCS, p.19-20).

        A narradora desse primeiro romance de Lispector  introduz os sons do mundo moderno na narrativa, fazendo-nos pensar no barulho do mundo como música, aproximando-se das observações de José Miguel Soares Wisnik, em O som e o sentido (2002, p.47), a respeito do “recalque e retorno do ruído”, ao escrever que “o alastramento do mundo mecânico e artificial cria paisagens sonoras das quais o ruído se torna elemento integrante incontornável, impregnando as texturas musicais”. No caso da narrativa de Clarice Lispector, o ruído no início do texto põe em questão a percepção do mundo pela personagem-narradora que escreve como quem quer captar a sensação. A “orelha à escuta” permanece em toda a narrativa, atenta ao som da chuva, das coisas, das vozes das pessoas, da natureza, dos instrumentos musicais, de tudo, aludindo às sensações auditivas da personagem e, ao mesmo tempo, fazendo-nos pensar no ambiente descrito, nas pessoas e mesmo nos acontecimentos da narrativa como fruto do pensamento de Joana, fundamente enraizado no corpo, como o percebeu Regina Pontieri (2001).



Bibliografia:
PONTIERI, Regina. Clarice Lispector: uma poética do olhar. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

SIQUEIRA, Joelma Santana. À procura de objeto gritante: um estudo da narrativa de Clarice Lispector.. Tese de doutorado defendida pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas –FFLCH/USP, 2008.

WISNIK, José Miguel Soares. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.